Sala de espera. Minutos para um teste importante. Tensão no ar. Mentalmente, o cara 1 se pergunta: “será que eu vou conseguir?”. Ao lado dele, o cara 2 afirma para si mesmo: “eu vou conseguir”.


Quem vai se sair melhor?
Não faltam escritores de autoajuda prontinhos pra dizer que, é claro, o segundo é quem vai se dar bem, seja lá qual for a tarefa. É o tal poder do pensamento positivo. Mas uma série de experiências feitas na Universidade de Ilinóis, nos EUA, pode derrubar essa ideia.

Em um dos testes que a equipe da professora Dolores Albarracin fez (rolaram alguns; todos com o mesmo resultado), 50 pessoas foram divididas em dois grupos: um deles foi instruído a passar um minuto se perguntando se teria sucesso na tarefa que viria a seguir; o outro, afirmando que sim, teria sucesso. Assim mesmo, de forma quase mecânica.

Em seguida, todos fizeram uma série de exercícios simples, como anagramas. E quem se deu melhor, em geral, foram os que “questionaram” a própria capacidade.

Mas por que isso acontece? 
Por enquanto, os pesquisadores acreditam que, de algum jeito, fazer perguntas a si mesmo, em vez de afirmações, estimula o palestrante motivacional interno de cada um: ficamos mais “ligados” e empenhados na tarefa. Assim, temos mais chances de ser bem-sucedidos.